segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Eleições 2008: Além de nomes, rótulos e siglas queremos propostas de mudanças

É preciso que façamos uma séria análise crítica do processo eleitoral que estamos enfrentando em 2008. Como membro da categoria dos trabalhadores em limpeza tenho o sentimento que a população apresenta uma profunda desconfiança dos políticos de todos os partidos que pretendem nos representar.

Os problemas sociais, apesar de certo avanço nesse campo, continuam. Os escândalos de corrupção se sucedem e o enfrentamento das necessidades básicas da população não foi resolvido, em especial no atendimento público na saúde e educação.

Os parlamentares com origem popular ou eleitos com os votos dos setores mais excluídos decepcionaram e tenho convicção que os velhos rótulos estão gastos e não conseguirão ficar explicitados nas eleições de 2008. O que é ser de ”esquerda” nestas eleições? O que me importa nas eleições deste ano são as propostas e os compromissos assumidos com a maioria da população.

O Partido dos Trabalhadores, ao qual sou filiado, decepcionou na Prefeitura de Salvador. Saiu no dia 8 de abril da gestão municipal e largou o barco do prefeito João Henrique. Uma decisão certa tomada na hora errada. O que qualquer candidato do PT vai dizer contra a atual administração se ocupou quatro importantes secretarias, roeu o osso até quase o final e saiu aos 45 minutos do segundo tempo?

A prévia petista demonstrou uma grande divisão no partido e a vitória do deputado federal Walter Pinheiro só foi conquistada graças aos métodos heterodoxos do deputado estadual J. Carlos e sua estrutura montada no Subúrbio Ferroviário.

Queremos que as candidaturas que os partidos apresentaram para gerir as cidades, em especial Salvador, sejam baseadas em programas e compromissos claros. Rótulos ou pessoas carismáticas com suas propostas demagógicas não levam a lugar nenhum.

Esperamos por uma nova política íntegra, ética e voltada para os interesses populares. Resta-nos torcer pela boa recuperação da política que adoeceu.

Quem enfrenta os graves problemas sociais em uma cidade desigual como Salvador, vivendo sob condições indignas, tem pressa. Que este processo eleitoral de 2008 abra um caminho concreto para melhorar as condições de vida da maioria da população. Chega de privatização da saúde, de abandono do transporte coletivo, de baixos salários para os professores municipais. A disputa eleitoral é um momento privilegiado para disputar idéias com a sociedade.

Queremos que a administração municipal que saia das eleições de 2008 faça a inversão de prioridades no investimento do orçamento das cidades e que aceite a cidade como o conjunto de sua população faça as mudanças necessárias na cidade.

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