Aquilo que me fortalece e me sustenta são as raízes que a cada dia faço questão de fortalecê-las.
As minhas raízes vêm do Candomblé. Sou filho de Belinha de Oxóssi, do mesmo barco de Mãe Stella de Oxóssi (Odé Kayodê) e outros de igual grandeza em nossa religião de matriz africana.
Ao contrário de diversos políticos e personalidades oportunistas que usam o Candomblé para se promover, ganhar votos e prestígios, sou, sim, adepto daquilo que os mais velhos nos deixaram; a fé nos Orixás.
Onde estão aqueles que têm "poder" que nada ou pouco fazem para deter o desmatamento? Para nós, a natureza é a morada dos Orixás e, sendo assim, deve ser preservada. A mata, por exemplo, é o local onde deixamos nossas oferendas.
Com emoção falo sobre os 100 anos do Terreiro Ilê Axé Opô Afonjá, fundado por Mãe Aninha em 1910. Um símbolo de resistência e de vitória daqueles que se recusaram a seguir deuses impostos e se mantiveram fiéis ao que nos foi passado de geração em geração através da palavra dos mais sábios de nosso meio.
Ilê Axé Opô Afonjá, que significa Casa da Força Sustentada por Xangô Afonjá, não deve ser encarado como um lugar turístico. É nosso lar, nosso lugar sagrado, onde buscamos e encontramos forças para viver, resistir e vencer.
Tenho um exemplo marcante do significado da força do Ilê Axé Opô Afonjá. No dia 17 de fevereiro de 1997 houve um ataque aos trabalhadores da Prefeitura de Salvador, em especial da área de limpeza: 4.741 funcionários foram demitidos. Do dia para a noite milhares de famílias ficaram sem sustento e sem nenhum apoio. O Sindilimp-BA, entidade da qual faço parte com orgulho, não se calou e partimos para organizar a resistência contra este atentado.
Procuramos Mãe Stella que nos acolheu, deu apoio, sustentação física e espiritual e partimos firmes para a luta que recentemente se mostrou vitoriosa. Não tenho dúvida que além da ação política, pudemos contar com a força dos Orixás.
Mãe Stella, dentro tantas e inúmeras qualidades, investiu no conhecimento, lutou em todos os campos, inclusive no da política, escreveu livros, firmou identidade do Candomblé se opondo a prática do sincretismo religioso, muitas vezes imposto, que une a imagem de santos católicos à de orixás, construiu escola, museu, biblioteca e tantas coisas mais poderiam ser descritas aqui.
A história do Ilê Axé Opô Afonjá, repito, é a história da resistência e do heroísmo daqueles que, movendo-se pela fé, nos deixaram como legado algo que ninguém pode nos tirar, a honra, a fé e o Axé.
Como diz Mãe Stella de Oxóssi, "agora é continuar segurando a rédea das coisas, mostrando a veracidade da crença".
Parabenizo cada irmã e cada irmão do Ilê Axé Opô Afonjá.
Bençãos a todas Yás que na plenitude de Olorum continuam a guiar a Grande Casa de Xangô!
Bençãos ao Ilê Axé Opô Afonjá minha Raiz e minha maior Herança!
As minhas raízes vêm do Candomblé. Sou filho de Belinha de Oxóssi, do mesmo barco de Mãe Stella de Oxóssi (Odé Kayodê) e outros de igual grandeza em nossa religião de matriz africana.
Ao contrário de diversos políticos e personalidades oportunistas que usam o Candomblé para se promover, ganhar votos e prestígios, sou, sim, adepto daquilo que os mais velhos nos deixaram; a fé nos Orixás.
Onde estão aqueles que têm "poder" que nada ou pouco fazem para deter o desmatamento? Para nós, a natureza é a morada dos Orixás e, sendo assim, deve ser preservada. A mata, por exemplo, é o local onde deixamos nossas oferendas.
Com emoção falo sobre os 100 anos do Terreiro Ilê Axé Opô Afonjá, fundado por Mãe Aninha em 1910. Um símbolo de resistência e de vitória daqueles que se recusaram a seguir deuses impostos e se mantiveram fiéis ao que nos foi passado de geração em geração através da palavra dos mais sábios de nosso meio.
Ilê Axé Opô Afonjá, que significa Casa da Força Sustentada por Xangô Afonjá, não deve ser encarado como um lugar turístico. É nosso lar, nosso lugar sagrado, onde buscamos e encontramos forças para viver, resistir e vencer.
Tenho um exemplo marcante do significado da força do Ilê Axé Opô Afonjá. No dia 17 de fevereiro de 1997 houve um ataque aos trabalhadores da Prefeitura de Salvador, em especial da área de limpeza: 4.741 funcionários foram demitidos. Do dia para a noite milhares de famílias ficaram sem sustento e sem nenhum apoio. O Sindilimp-BA, entidade da qual faço parte com orgulho, não se calou e partimos para organizar a resistência contra este atentado.
Procuramos Mãe Stella que nos acolheu, deu apoio, sustentação física e espiritual e partimos firmes para a luta que recentemente se mostrou vitoriosa. Não tenho dúvida que além da ação política, pudemos contar com a força dos Orixás.
Mãe Stella, dentro tantas e inúmeras qualidades, investiu no conhecimento, lutou em todos os campos, inclusive no da política, escreveu livros, firmou identidade do Candomblé se opondo a prática do sincretismo religioso, muitas vezes imposto, que une a imagem de santos católicos à de orixás, construiu escola, museu, biblioteca e tantas coisas mais poderiam ser descritas aqui.
A história do Ilê Axé Opô Afonjá, repito, é a história da resistência e do heroísmo daqueles que, movendo-se pela fé, nos deixaram como legado algo que ninguém pode nos tirar, a honra, a fé e o Axé.
Como diz Mãe Stella de Oxóssi, "agora é continuar segurando a rédea das coisas, mostrando a veracidade da crença".
Parabenizo cada irmã e cada irmão do Ilê Axé Opô Afonjá.
Bençãos a todas Yás que na plenitude de Olorum continuam a guiar a Grande Casa de Xangô!
Bençãos ao Ilê Axé Opô Afonjá minha Raiz e minha maior Herança!