quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Fórum Social Mundial: Trabalhadores em limpeza na luta pela construção de um novo mundo

Em 2001 ainda víamos o Fórum Social Mundial (FSM) como uma esperança de contraposição à frieza monetária e de dominação que representa o Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, que se realiza anualmente, em janeiro.

Com muita garra, luta e dedicação vemos o FSM como uma conquista, um espaço aberto e democrático onde os movimentos sociais encontram vez e voz para expressar suas reivindicações e utopias.

O Sindilimp-BA que representa os trabalhadores em limpeza tem a honra de estar aqui presente para dizer que nossa categoria tem muito a aprender neste evento, porém, sem nenhuma falsa modéstia ou exacerbação de arrogância, temos muito a ensinar.

Sem os trabalhadores em limpeza a sociedade não se movimenta. Somos fundamentais para o meio ambiente, saúde pública, melhores condições de vida e trabalho, enfim, somos prioritários ao contrário do que o "representante da elite" Boris Casoy com todo o seu preconceito tentou passar em seu comentário preconceituoso no último dia de 2009 na Rede Bandeirantes.

O número de participantes já confirmados para 2010, assim como o expressivo número de entidades ou organizações (sindicatos, ONG's etc.), além da presença de milhares de jornalistas, demonstram que verdadeiramente não só acreditamos que "UM NOVO MUNDO É POSSÍVEL", mas o estamos construindo.

Nossa presença, enquanto representantes dos trabalhadores em limpeza da Bahia, se dá no marco da esperança e da certeza que juntos construiremos uma sociedade onde o ser humano seja prioridade e não o famigerado "mercado econômico". Queremos desenvolvimento, sim, mas com sustentabilidade e o maior de todos os desenvolvimentos: o social e o humano.

A luta por um mundo sem excluídos é uma luta que nunca morre. Estamos aqui, neste espaço não só de manifestações e protesto, também de proposições e apresentação de novas visões de mundo porque acreditamos "em uma economia a serviço do ser humano e não o inverso".

Podem contar com a ação militante e ativa do Sindilimp-BA neste evento! Sim, um outro mundo é possível e nós estamos aqui para contribuir com sua construção!

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Entrevista ao site Pura Política

Acesse o site Pura Política e veja na íntegra nossa entrevista falando sobre a questão da limpeza públic a, terceirização, processo eleitoral 2010 e diversas outras opiniões sobre nossa visão de mundo e de sociedade.

Direitos Humanos hoje e sempre

Quero fazer algumas considerações sobre o 3º Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH 3) lançado no final de dezembro de 2009, através de decreto presidencial. O programa prevê a revisão da Lei de Anistia, a criação de marco regulatório para a comunicação no País e condições para a renovação de outorgas dos serviços de radiodifusão.

É evidente que os setores que sempre mandaram no Brasil se sentiram prejudicados e partiram para acabar com a possibilidade de avanços na legislação brasileira.

Até mesmo o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e comandantes militares, manifestaram-se contra a proposta de criação de uma "Comissão da Verdade" para rever os crimes cometidos na ditadura militar e a legislação aprovada de 1964 a 1985 que fere os direitos humanos.

As entidades patronais da área de comunicação, como a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) e a Associação Nacional dos Jornais (ANJ), manifestaram seu descontentamento na criação de um marco regulatório para a comunicação e na criação de condicionamentos para concessões e outorgas. Ora, sempre jogaram soltos e nunca deram nenhuma satisfação à sociedade e, sendo assim, chamam de censura a possibilidade que se acena para que todos os setores possam se manifestar livremente.

Vários países que passaram pela triste experiência de ditaduras militares na América do Sul apuraram todos os crimes cometidos e puniram os responsáveis. Até mesmo o general Pinochet foi processado e preso por um tempo.

Ora, apurar no Brasil todas as violações de direitos humanos ocorridas no âmbito da repressão política, sobretudo durante o regime de 1964, é algo necessário para a cicatrização do passado recente baseado na verdade. "Para que ninguém esqueça. Para que nunca mais aconteça." Quem tem medo da verdade?

Espero e manifesto meu apoio à aprovação do 3º Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH 3). Nossa jovem democracia brasileira só tem a ganhar e se fortalecer se as leis forem baseadas na verdade.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

O mais baixo da escala do trabalho é o preconceituoso arrogante

Os termos baixos e preconceituosos que reproduzo aqui não são de minha autoria e sim do "jornalista" Boris Casoy, "âncora" da Rede Bandeirantes, quando dois garis desejam feliz 2010 ao nosso povo: "Que merda... Dois lixeiros desejando felicidades do alto das suas vassouras. Dois lixeiros! O mais baixo da escala do trabalho". Ao fundo alguém gritou para avisar que o áudio estava no ar. O estrago estava feito.

Como Boris Casoy fez Direito da Universidade Mackenzie, maior centro do CCC (Comando de Caça aos Comunistas) nos anos 60, período em que lá esteve, no dia seguinte retratou-se e assim pensa escapar de quaisquer ações judiciais.

Sou com orgulho trabalhador em limpeza e sei que a manifestação desse âncora não é um fato isolado. Ele representa o pensamento da chamada elite brasileira. O que foi dito é próprio do desprezo dos que detêm a maior fatia da renda nacional.

Enquanto Boris Casoy destila seu ódio e desprezo contra os garis, comunicamos que sem os trabalhadores em limpeza a sociedade brasileira estaria ameaçada. Nossa atuação é fundamental do ponto de vista do meio ambiente, saúde pública, qualidade de vida, incentivo ao turismo e tantas outras atividades sociais e econômicas.

É só ver a situação de Salvador. As empresas, que não sofrem nenhuma sanção da administração municipal, reduziram o quadro de funcionários, demitiram esperando para ver como fica a próxima licitação. O resultado está às claras: a cidade está um lixo e a culpa não é dos garis e sim dos empresários e da Prefeitura de Salvador.

No último dia de 2009 Boris Casoy alcançou algo que não conseguiu por onde passou como âncora. Sua imagem e seu pensamento foram vista e ouvido por milhões e com certeza isso não ficará incólume.

Quanto a nós, trabalhadores em limpeza, continuamos na luta pela construção de uma sociedade sem discriminações e de igualdade de oportunidades. Vamos nos unir a todos os setores que lutam pela verdadeira liberdade de informação.
Sem vergonha nenhuma de declaramos isso em alto e bom som ao contrário de um falso moralista chamado Boris Casoy que só se mostra quando pensa que o vídeo e o áudio estão desligados.

Isso, sim, é uma vergonha!