segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Tomando posse do nosso mandato de vereador

*Por Luiz Carlos Suíca

Tenho 8.222 motivos para mostrarmos ser capazes de dialogar com todos os segmentos que acreditaram e acreditam em nosso projeto político. São os sindicatos, associações de moradores, movimentos contra o racismo, o machismo, a homofobia, universitários, as pessoas mais humildes dos bairros mais esquecidos até o momento pelos que dirigem nossa Salvador.

Estou aqui, de forma prioritária, para ser a voz daqueles aos quais faltam as mais básicas necessidades para uma vida digna. Quero e serei a voz dessas companheiras e companheiros. Saberei, porém, ouvir e pensar sobre o que o outro diz. Serei sempre aberto ao diálogo.

Quero uma Salvador para todos, uma cidade voltada para a maioria. Um mandato com um objetivo tão grande só se constrói com a presença e a participação de todos que acreditam em nosso projeto. Só o faremos vencedor, digno e respeitado com a sua presença. Sim, você minha companheira, meu companheiro, será participante direto do nosso mandato.

Sou membro do Partido dos Trabalhadores (PT) e sendo assim tenho a democracia como valor universal e ela é composta pelas múltiplas opiniões. Em resumo, a democracia que defendo pertence a todos. O conflito de ideias e ideais é algo inseparável da democracia. A sociedade evolui com a apreciação sem preconceitos das visões diversas, do confronto respeitoso. Isso produz a síntese que seja melhor. Isso representa a raiz do próprio sistema democrático.

Aquilo que caracteriza a Câmara Municipal de Salvador não é a ausência do conflito, mas o método de resolvê-los, de produzir a síntese, através do diálogo, pela palavra, pela argumentação, pela persuasão. É assim que exercerei o nosso mandato de vereador.

Vamos estudar cada caso com muito rigor, exigir e pesquisar os dados existentes e decidir sempre pensando nos objetivos maiores de nosso povo. Quero e irei sempre pensar em, assegurar uma vida digna e feliz a todos que habitam Salvador.

Meu compromisso é sempre buscar o máximo dentro de minha capacidade, usar toda a lucidez, respeitar cada uma e cada um que compõem esta Casa, e sempre decidir em cada voto, em cada projeto, em cada posicionamento com o compromisso de fazer o melhor para esta cidade do Salvador da Bahia, nossa querida cidade, tão maltratada pelos seus últimos governantes.

Sempre repetirei que faremos nossa parte na reconstrução de Salvador fiscalizando os atos do Poder Executivo como prevê a Constituição. Trabalharemos sem ódio, porém sem medo e sem preguiça de atuar em defesa dos interesses maiores do povo de nossa querida Salvador.

*Luiz Carlos Suíca, vereador de Salvador.

sábado, 8 de dezembro de 2012

Para Diana Costa


Ikú

*Por Gabriela Ramos

Não sei lidar contigo
Morro eu a cada outro que morre
Leva um pedaço de mim
Da vida que há de renascer
Mas naquele momento, inevitavelmente, morreu
Não sei o que dizer
Também nunca soube o que queria ouvir
Se era eu quem precisava do consolo
De um outro
Por causa de um terceiro levado de mim
Da vida que é minha, mas morreu com ele
Não sei como me portar
Não sei como se porta quem está ali do lado quando no outro morre eu
Que não vi, não lembro, não atentei
Não me importei com qualquer outro que não fosse o eu que parti
Abraço? Beijo? Choro? Calo?
Ah, não me dê trabalho
Não me saia ainda mais caro que o preço carnal que lhe pago
Passo cheque em branco de dor

*Fonte: Gabriela Ramos

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Réveillon em Salvador e o "time imbatível"

Estamos aqui diante de algumas coisas questionáveis e que merecem o repúdio da sociedade. O Natal e a passagem de ano de centenas de mães e pais de famílias serão lamentáveis porque os salários e demais direitos trabalhistas que deveriam receber das empresas de terceirização não ocorreram. Os empresários culpam a prefeitura de Salvador de inadimplência, no popular, calote.

Eu pessoalmente já atendi várias pessoas em estado de total desespero e até mesmo uma, que por respeito não darei mais detalhes, disse que até mesmo em suicídio ela está pensando em razão de tantas e tamanhas dificuldades enfrentadas. Que Natal e Réveillon terão essas e esses trabalhadores?

Nas negociações com o secretário Olcimar Torres sinto de parte dele interesse em tentar uma solução, porém, a prefeitura de Salvador está sem nenhum recurso. Só nos resta a certeza de que João Henrique não tem a menor condição de administrar mais nada na vida pública.

Entrando enfim na questão do Réveillon na Barra, de um lado temos uma administração que só não destruiu Salvador porque nossa cidade é maior que qualquer insano que a queira derrotar. João Henrique Barradas Carneiro fez uma gestão lamentável e que só acumula problemas. Agora, com este problema do Réveillon, ainda quer chantagear o governo estadual e jogar toda a responsabilidade de sua incompetência nas costas do governador Jaques Wagner (PT). Ao que sabemos há recursos da Rede Globo colocado na realização do evento em todos os anos anteriores. O que ocorreu com este patrocínio neste ano?

Outro problema grave é que os empresários do setor hoteleiro e de turismo em geral querem capitalismo a custo zero, ou seja, eles ganham e nós, através do Estado, gastamos. Nada tenho contra o lucro desde que fruto do trabalho empresarial sério. Querem lucrar, invistam também. Coloquem dinheiro nas atividades. A custo zero sou contra!

A prefeitura fez uma declaração pública de sua incompetência ao divulgar que a festa da virada em Salvador este ano poderia não ter a tradicional queima de fogos e shows que acontecem no Farol da Barra e outros pontos da cidade. Segundo a Secretaria Municipal de Comunicação (Secom), a prefeitura não possui verbas suficientes para os gastos com o Réveillon, que custa em cerca de R$ 2 milhões, já que o prefeito João Henrique (PP) precisa quitar o acumulo de pendências financeiras antes que o novo gestor assuma, em 2013, para que não se contrarie a Lei de Responsabilidade Fiscal.

O Secretário de Turismo da Bahia, Domingos Leonelli, adiantou, em entrevista à reportagem de A TARDE, neste sábado, 1º, que o governo estadual não deixará que Salvador fique sem a sua tradicional festa de Réveillon. Segundo Leonelli a administração estadual mobilizará patrocínio privado e o governo assume a parte maior.

Claro que o governo estadual não pode e não vai abandonar Salvador, porém, aceitar a chantagem política da prefeitura e ceder é algo que questiono. Que tudo se dê dentro da mais absoluta transparência. Se há recursos para uma festa deve também se encontrar uma solução para os trabalhadores terceirizados que estão desesperados sem salários há meses. Aqui também cabe uma ação do governo estadual.

Finalizo destacando a sandice do prefeito João Henrique dizendo que ao lado de ACM neto formam um "time imbatível". Ora, que seu parceiro assuma a dobradinha e que recebeu o apoio do pior administrador de uma capital no Brasil. Será que a dobradinha impedirá o prefeito eleito de denunciar os visíveis desmando e incorreções na gestão da prefeitura de Salvador?

O movimento popular em geral e nosso mandato que se inicia no dia 1º de janeiro de 2013 estarão atentos para impedir que a impunidade prevaleça. Exigimos uma auditagem geral nas contas da prefeitura e tudo deve ser apurado e denunciado. Faremos nossa parte na reconstrução de Salvador fiscalizando os atos do Poder Executivo como prevê a Constituição.

Trabalharemos sem ódio, porém sem medo e sem preguiça de atuar em defesa dos interesses maiores do povo de nossa querida Salvador.


*Luiz Carlos Suíca é militante do Movimento Negro Unificado, coordenador do Departamento Jurídico do Sindilimp-BA, bacharel em História e acadêmico de Direito, vereador eleito em Salvador pelo PT (8.222 votos).