terça-feira, 30 de agosto de 2011

Precicle, recicle seu lixo. O meio ambiente, a saúde pública e seu bolso agradecem


*Luiz Carlos Suíca

A diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza Pública, Asseio, Conservação, Jardinagem e Controle de Pragas Intermunicipal (Sindilimp-BA) está lançando uma campanha que pretende envolver toda a sociedade, em especial a da região metropolitana de Salvador (RMS), para que a questão do lixo urbano seja tratada com responsabilidade e compromisso de todos.

Preciclar significa pensar antes de comprar pois 40% do que nós compramos é lixo. São embalagens que, quase sempre, não nos servem para nada, que vão direto para o lixo aumentar. Tudo isso precisa e pode ser diferente. A população em geral deve pensar no resíduo da sua compra antes de comprar. Para que seja comum em nossas vidas pensarmos em três R, (Reduzir, Reutilizar e Reciclar). Estamos lançando uma campanha pública porque nosso sindicato tem um papel social e todos precisam intervir para diminuir o aumento da tonelagem do lixo na RMS que hoje verificamos.

Quero lembrar que o destino do lixo produzido em Salvador e região metropolitana em direção aos aterros sanitários aumenta e é preciso uma ação conjunta para que isso diminua. A Lei de Resíduos Sólidos aprovada é importantíssima mas só saíra do papel com o envolvimento de toda a sociedade. Ela determina que toda a cadeia de produção ligada aos resíduos sólidos deve pertencer de direito e de fato aos Coletivos de Trabalho organizados pelos catadores, quer se trate de triagem em galpões ou de cooperativas, em que se combina trabalho individual na coleta e na triagem com trabalho coletivo, na sequência da cadeia produtiva, até a venda final de objetos reciclados em indústrias dos próprios catadores. Por enquanto nada mudou de forma significativa e é isso que queremos questionar.

Vamos nos empenhar para termos uma gestão integrada de Resíduos Sólidos, ou seja, administrar sistemas de limpeza pública considerando uma ampla participação dos setores da sociedade com a perspectiva do desenvolvimento sustentável. Isso envolve as questões ambientais, sociais, culturais, econômicas, políticas, institucionais, ou seja, uma articulação de políticas e programas de vários setores da administração e da sociedade. Pode parecer impossível uma ação desse nível, porém, o Sindilimp-BA é um sindicato cidadão.

Estamos lançando está campanha pública e esperamos a adesão da população, das diversas entidades representativas, dos governos e das empresas. Precisamos ter um compromisso social que fale mais alto que interesses específicos de cada setor. Acredito que podemos e vamos trabalhar juntos.

A campanha lançada pelo Sindilimp-BA, com relação aos resíduos sólidos, objetiva reduzir ao mínimo sua geração, aumentar ao máximo a reutilização e reciclagem do que foi gerado, promover o depósito e tratamento ambientalmente saudável dos rejeitos e universalizar prestação dos serviços, estendendo-os a toda a população.

*Luiz Carlos Suíca é militante do Movimento Negro Unificado, coordenador do Departamento Jurídico do Sindilimp-BA, bacharel em História e acadêmico de Direito

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Deputada estadual Luíza Maia merece nosso respeito e solidariedade


*Luiz Carlos Suíca

Tenho o orgulho de ser um dos milhares de eleitores da deputada estadual Luíza Maia (PT). Não sou só eleitor como também fiz campanha eleitoral para ela por acreditar em sua história de vida, sua luta contra a ditadura militar, pela liberdade na Bahia e em Camaçari, enfim, por sua imensa contribuição à luta de nosso povo.

Temos visto um ataque brutal à deputada Luíza Maia que não se situa no campo das idéias e da política. A crítica que fazem a ela é um atentado a sua própria honra e individualidade. Ora, ameaça de morte, ofensas absurdas e até mesmo de censora chegaram a chamá-la. Quem faz isso não sabe o quanto ela lutou e se arriscou para que a democracia voltasse ao nosso País. Até mesmo tiros ela enfrentou para acabar com a intervenção federal em Camaçari. Alguém com essa história nunca proporia algo que tire o direito da liberdade de expressão.

Alguns criticam o projeto sem ao menos lê-lo. Em nenhum momento ele fala de censura. Propõe, sim, que o poder público seja proibido de contratar artistas que “em suas músicas, danças ou coreografias desvalorizem, incentivem a violência ou exponham as mulheres à situação de constrangimento”. Diga aqui claramente que sou a favor dele. Um Estado que luta para assegurar a igualdade de oportunidades e combater a discriminação e a violência contra a mulher tem o direito e o dever de não financiar que manda a mulher dar a patinha e coisas afins.

Tenho uma companheira, uma filha, mãe, tias, sobrinhas e tantas outras mulheres nas minhas relações pessoais e familiares. Com certeza elas não podem e não devem ser tratadas como cidadãs de segunda categoria. Dizer que “mulher é igual a lata, um chuta e outro cata”, com certeza não as valorizam.

É mentira que o projeto propõe a censura. Com a aprovação do projeto da deputada Luíza Maia o que acontecerá será a proibição do governo do Estado contratar bandas que tocam esse tipo de música. São coisas bem diferentes que precisam ser colocadas em seu devido lugar.

É demagogia dizer que o projeto prejudica a criação e a liberdade de expressão. Por que ninguém protesta quando o Estado proíbe músicas que façam apologia ao tráfico e aos traficantes de drogas? Volto a repetir, o projeto é, na verdade, para proibir o governo estadual de contratar bandas que toquem músicas que desvalorizem as mulheres.

Atinge apenas o governo. Não proíbe quem quiser ir aos shows e mostrar as “patinhas” que o façam. Elas, as músicas, continuarão a ser tocadas nas rádios etc. O projeto não está proibindo que as músicas sejam gravadas, tocadas ou ouvidas. Ele está apenas dizendo que o governo do Estado não pode usar recursos públicos para contratar tais bandas.

O que está em jogo aqui e que muitos tentam esconder é o seguinte: Quem apóia e quem é contra artistas cujas músicas incentivam a violência e o preconceito contra as mulheres? Essa é a verdadeira questão.

Sou militante do Movimento Negro Unificado e se uma banda fizer uma música colocando os negros em situação de escárnio, claro que vou recorrer à Justiça para impedir esse absurdo e exigir reparação. Serei também chamado de censor? Que “brincadeira” é esta que ofende a honra da mulher e deve ser aceita como natural?

O projeto da deputada Luíza Maia mostra que meu voto e de milhares de baianos foi correto. Não é fácil se colocar de forma tão veemente contra algo que é tão popular. Luíza Maia, de forma desassombrada, corajosa, preferiu ficar do lado de seus princípios feministas e políticos a se conformar com a baixaria para parecer boazinha e popularzinha. A luta contra a perpetuação do machismo se dá em todos os campos, inclusive na mídia.

Parabéns deputada estadual Luíza Maia por não ceder, por sua coragem e por fazer do seu mandato um instrumento para discutir e modificar a cultura machista que domina ainda nossa sociedade.

*Luiz Carlos Suíca é militante do Movimento Negro Unificado, coordenador do Departamento Jurídico do Sindilimp-BA, bacharel em História e acadêmico de Direito.

Sindilimp-BA denuncia empresário por violência contra trabalhadora terceirizada

A diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza Pública, Asseio, Conservação, Jardinagem e Controle de Pragas Intermunicipal (Sindilimp-BA) denuncia que o empresário Carlos Alberto Santana Gomes, proprietário da empresa Creta Comércio e Serviços Ltda., com sede em Lauro de Freitas e que presta serviços, dentre outros órgão para a Casa Civil da Bahia, agrediu verbalmente e ameaçou de agressão a recepcionista Jucimara Moraes Ribeiro da Silva quando foi questionado sobre as parcelas rescisórias que deveriam ser pagas pela empresa.

“Trabalhei como recepcionista da Casa Civil contratada pela Creta. Ao ser demitida questionei a contadora da empresa a respeito de meus direitos trabalhistas. Ela disse que apenas o proprietário poderia resolver minha questão. Quando o encontrei no escritório da empresa em Itinga, Lauro de Freitas, ele de forma agressiva disse que não sabia nem ao menos quem eu era, jogou um chaveiro pesado em mim quase me acertando e disse que iria me quebrar toda. Uma agressão que não pode ficar sem resposta e por isso procurei o Sindilimp-BA”, afirma Jucimara Silva.

Luiz Carlos Suíca, coordenador do Departamento Jurídico do Sindilimp-BA informa que tão logo recebeu a visita e a denuncia da recepcionista acionou o corpo de advogados do sindicato, “um diretor da entidade, Manoel Néris, acompanhou no dia 10, quarta-feira, Jucimara Silva até a delegacia de polícia de Lauro de Freitas onde registramos este crime, uma violência contra a mulher, em ocorrência policial de número 4650/11. Exigimos uma punição exemplar porque isso atenta contra tudo o que acreditamos, em especial que a violência contra a mulher não pode ser um fato encarado como rotineiro”, indigna-se o sindicalista.

“Enviamos um ofício à secretaria da Casa Civil, Eva Maria Cella Dal Chiavon, solicitando que o governo estadual não contrate mais empresas desse nível e que o empresário Carlos Alberto Santana Gomes seja punido. A Casa Civil tem como finalidade assistir ao governador do Estado no desempenho de suas atribuições constitucionais, políticas e administrativas. Ora, nada mais atenta contra os princípios democráticos que um ataque contra os direitos dos trabalhadores e a violência contra a mulher. O Sindilimp-BA compromete-se a acompanhar este caso até seu desfecho porque queremos que ele se torne um marco na defesa dos direitos da mulher trabalhadora e que Jucimara Moraes Ribeiro da Silva tenha sua honra reparada”, finalizou Luiz Carlos Suíca.

*Para mais informações clique aqui e entre no site do Sindilimp-BA.