terça-feira, 16 de setembro de 2014

Em relação aos 59 terrenos desafetados e demais projetos sempre votarei com o povo

Quem não tem base, pouco ou nada representa, em nada acrescenta com sua presença a luta popular pela construção de uma Salvador e uma Bahia melhor para todas e todos vive a cata de alguns milímetros na mídia impressa e alguns segundos nas televisões e rádios. Para aparecer fazem de tudo, até atacar companheiras e companheiros que estão no mesmo campo de luta política.

Querem me tachar, assim como a maioria dos vereadores do PT, de termos atuado de forma contrária ao que determina os princípios partidários. É uma inverdade. Votei e sempre votarei com a minha consciência tranquila do dever cumprido. Faço oposição a atual administração municipal, mas não faço oposição a cidade de Salvador. Quero o melhor para a nossa cidade.

Em relação aos 59 terrenos desafetados é preciso que fique claro que o prefeito ACM Neto já contava com 29 votos no plenário para votar seu projeto de desafetação dos imóveis da forma original, isto é, da forma que foi apresentado à Casa. Não foi o voto do PT e PSB que assegurou a vitória do executivo.

Graças a habilidade política e capacidade de negociar que asseguramos a retirada da Praça Wilson Lins (no antigo Clube Português), uma área verde no Itaigara, um terreno do estado na Avenida Garibaldi e a cessão de uma área para a construção de um conjunto habitacional para os servidores da Câmara Municipal der Salvador. Protegemos os interesses dos petroleiros e o sonho da casa própria dos servidores da Câmara. Consideramos isso uma grande vitória porque não fosse nossa postura firme tudo seria perdido.

Quero deixar patente que os terrenos municipais estavam e estão sendo utilizados por negócios privados. Um dos princípios que defendemos é que espaço público é para ação pública e de preferência gratuita. Ora, nos terrenos encontramos universidades privadas que cobram caro dos estudantes, restaurantes de luxo onde a maioria da população de Salvador não tem dinheiro para frequentar. É isso que queriam que defendêssemos? Se a resposta é sim, traidor é quem defende um absurdo desse.

Asseguramos que os imóveis terão como destino leilões transparentes e o dinheiro arrecadado usado para a construção do Hospital do município. Uma cidade com a dimensão de Salvador não pode ficar sem um Hospital Municipal de qualidade, público e gratuito. Outra parte destina-se ao Fundo Garantidor, uma espécie de reserva imobiliária da prefeitura, que será usada como hipoteca nas parcerias público-privadas (PPPs). Por fim, e em minha opinião de grande relevância, assegurasse a implantação do Centro Administrativo Municipal, postos de saúde e escolas.

Não tenho do que me envergonhar. A posição e o voto que defendi me honram. Não me entreguei aos interesses imobiliários ou trai o PT e seu ideário. Estou em plena campanha pela reeleição da presidenta Dilma Rousseff, de Rui Costa a governador e de Otto Alencar a senador. Não me escondo. Em quase todas as atividades estou presente. Não traio Otto Alencar, uma das pessoas mais leais aos dois mandatos de Jaques Wagner. Sou uma pessoa que reconhece o que as pessoas fazem e não traio ou dou punhaladas à traição. Repito, faço oposição com franqueza e crítico sempre que os interesses da população forem atacados. A cidade de Salvador, a Bahia e o Brasil são muito maiores que mesquinharias e mentiras. Para fazer o Brasil avançar mais vamos unidos contra as mentiras e o retrocesso.

*Luiz Carlos Suíca - vereador PT
Presidente da Comissão de Planejamento Urbano e Meio Ambiente