quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Trabalhador em limpeza exige respeito

A diretoria do Sindilimp-BA considera-se, em sua maioria, parte responsável pela eleição do governador Jaques Wagner com a bandeira central de mudança da forma de governar.

O governador merece o nosso respeito. Tem sua origem política na luta contra a ditadura militar e na Bahia sempre se destacou pelo empenho na organização dos trabalhadores. Wagner é um dos fundadores da CUT e do PT e hoje no governo, composto de várias correntes políticas, enfrenta um grande desafio que é o de neutralizar pessoas que não estão à altura de estar em um governo popular.

Fazemos aqui uma crítica ao comportamento de um elemento na Secretaria de Educação, por exemplo, que trata tudo e todos aos gritos e desrespeito. Não vamos dar o nome dele para não termos o desprazer de ter que dar direito de resposta a alguém tão sem educação, por triste ironia na Secretaria de Educação.

Sabemos que o governador Wagner não pode acompanhar cada detalhe do que acontece no governo como, por exemplo, o pregão eletrônico para definir as empresas que cuidarão da limpeza e asseio nas unidades de saúde em todo o estado superior a mais de 100% do anterior.

Queremos mais uma vez destacar que o Sindilimp-BA não vai permitir que quem quer que seja grite e trate os trabalhadores em limpeza com desrespeito. Se o elemento da Secretaria de Educação tem mania de gritar e maltratar seus parentes mais próximos avisamos que com os trabalhadores a coisa é diferente.

O Sindilimp-BA está atento e diante de qualquer ataque tomará as medidas políticas e jurídicas necessárias para impedir qualquer arbitrariedade.

Com trabalhador em limpeza não se brinca! Exigimos respeito!

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Onde está a liberdade nos meios de comunicação?


Segundo a direção do sindicato a Rede Globo censurou um plano de mídia para a Campanha Nacional 2008 produzido pelo Sindicato dos Bancários de Pernambuco (SEEB-PE). O vídeo, de 45 segundos, recupera o lema Banco Mata, critica a ganância dos bancos e explica porque os bancários estão em greve por tempo indeterminado.

Veja o vídeo acessando o seguinte endereço:http://br.youtube.com/watch?v=IpYQ04PF5Fw


A desculpa usada para barrar a veiculação era ridícula. Dizia que o Sindicato dos Bancários de Pernambuco escondia sua assinatura no vídeo. Uma mentira. O episódio mostra que a Rede Globo tem um lado, o dos patrões, e ponto final. A assinatura está no áudio, em alto e bom tom. E está na logomarca da entidade, bastante conhecida - e onde se lê “Bancário de Pernambuco”, que fecha o VT.

Quem já viu um grande Shopping ou mesmo o Bradesco colocar em seus comerciais o nome oficial por extenso? Por que exigir este absurdo de uma entidade sindical se não há nenhuma lei ou regulamento de veiculação de audiovisual? A única resposta é esta: censura!

Depois de muita luta os companheiros de Pernambuco conseguiram veicular seu comercial na emissora de maior audiência do estado que ainda não consegue entender que vivemos em uma democracia e que as emissoras são concessões públicas e devem estar a serviço de toda a sociedade e não apenas de uma parte dela, o patronato.

O Sindicato dos Bancários de Pernambuco tomou as devidas providências junto ao Procon, o Ministério Público e a Justiça. A Globo vai ter que responder no âmbito do Código de Defesa do Consumidor e por cerceamento de atividade sindical, sem contar que é uma concessão pública e deve respeito ao contribuinte.

Um dos grandes lutadores pela verdadeira democratização dos meios de comunicação foi o companheiro Daniel Koslowsky Herz. Ele nasceu em Porto Alegre no dia 29 de dezembro de 1954 e faleceu, na mesma cidade, no dia 30 de maio de 2006.

Foi lançado recentemente um site onde se encontra disponível para consultas vários e fundamentais trabalhos sobre a democratização da comunicação. O site “Daniel Herz – Vida e Obra” (http://danielherz.epcom.inf.br/ ) resgata a história do jornalista, professor, pesquisador e ativista político que marcou época nos debates de políticas de comunicação no Brasil principalmente a partir da década de 1980 até sua morte em 2006.

Nesta página, você encontrará não só a íntegra do livro como sua dissertação de mestrado e outros textos que marcaram a intervenção pública do autor a respeito das Organizações Globo e da necessidade de se ver a Comunicação como um Direito Humano Fundamental.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Ameaça de desemprego e aumento de custos. Onde está a mudança?

A decisão do governo estadual de realizar pregão eletrônico para definir as empresas que cuidarão da limpeza e asseio nas unidades de saúde em todo o estado merece ser revista.

As declarações do governo estadual de que as despesas cairiam depois dos diversos escândalos, como por exemplo, o desvendado pela operação da Polícia Federal conhecida como "Jaleco Branco", se mostraram apenas exposições de intenções que mais uma vez não se concretizaram.


No dia 27 de setembro houve um pregão eletrônico, modalidade de licitação que busca incrementar a rapidez na decisão e menor rigor nos procedimentos. O pregão eletrônico utiliza novas tecnologias de informação, em especial o uso da internet.


Ora, pudemos constatar falhas graves no edital. Em primeiro lugar o prazo para apresentação de propostas foi de apenas oito dias antes do evento. Nem mesmo cotação para o preço do material de limpeza ocorreu. O Sindilimp-BA não foi consultado sobre o que seria melhor para os trabalhadores.
Onde fica a tão falada transparência e participação democrática da sociedade apregoada pelo governo estadual?

O contrato, dividido em quatro lotes em um total de gasto em torno de R$ 5 milhões, é superior a mais de 100% do anterior que era de cerca de R$ 2,2 milhões e o serviço era prestado pela Macrosel Serviços de Limpeza e Gestão Empresarial Ltda., flagrada na Operação Jaleco Branco e depois substituída pela Alternativa Ltda. Onde está a economia dos recursos públicos quando se gasta mais de 100% com o mesmo serviço e expõem os trabalhadores terceirizados a mais um drama de poder ficar sem emprego?


O Departamento Jurídico do Sindilimp-BA, o qual coordeno, buscará o Ministério Público e o Tribunal de Justiça da Bahia para denunciar a forma utilizada para selecionar as empresas, o valor dos serviços e tentará assegurar a manutenção dos trabalhadores em seus postos de trabalho.


A agilidade do pregão eletrônico não substitui eternamente o pregão presencial. É preciso apenas ter bom senso e verificar que o controle das empresas é maior nesse processo dependendo da situação. O pregão presencial, nesse caso, oferece maior transparência nos processos, melhores condições de negociação, redução de custos e mais agilidade nas contratações. As empresas apresentam suas propostas e disputam mediante oferta de lances verbais, o fornecimento do serviço de limpeza nas unidades de saúde do estado.


Esperamos que este absurdo seja revisto para que o governo estadual não enfrente as mesmas críticas que fazíamos aos governos anteriores.