segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Sindilimp-BA: 20 anos de luta

No dia 2 de setembro de 1989, uma quarta-feira, deu-se início às 15 horas, no auditório do Sindicato dos Metalúrgicos da Bahia, no bairro de Nazaré, uma assembléia geral dos trabalhadores em limpeza urbana, asseio, conservação e jardinagem do estado da Bahia.

A assembléia delibera pela fundação do Sindilimp-BA e elege a diretoria provisória. Dessa data em diante nossa categoria constrói e fortalece a cada dia este importante instrumento de luta que é o nosso Sindicato.

Desde a nossa fundação o Sindilimp-BA se caracterizou pela luta contra todas as formas de preconceitos, em especial o racial e de gênero. Fizemos que a sociedade nos respeite e valorize a importância social do nosso trabalho.

Temos orgulho de trabalhar com limpeza e neste curto espaço de 20 anos muito fizemos e muito mais vamos fazer.

Quando falamos de aniversário do Sindilimp-BA não falamos de uma história no passado. Não se trata de uma história só de um passado morto, por assim dizer, já que o Sindicato e os atores desta história estão vivos e ainda fazem história.

Estamos vivendo um momento importante. Chegamos até aqui e a cada dia reescrevemos nossa história. Nossa importância social aumenta. Nossa influência é cada dia mais decisiva é só verificar a transformação que causamos na administração pública quando desencadeamos a luta em defesa dos trabalhadores terceirizados.

Aos companheiros Edivaldo Rocha, Paulo da Anunciação e tantos outros que estavam conosco quando da fundação do Sindilimp-BA a nossa homenagem sincera e o nosso reconhecimento.

Vamos em frente! Vamos comemorar estes 20 anos de luta com o compromisso de que muito mais vamos conquistar e fazer!

Viva o Sindilimp-BA! Viva a luta dos trabalhadores em limpeza!

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Trabalhadores em limpeza na luta por um mundo melhor

O Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza do Estado da Bahia (Sindilimp-BA) iniciará em setembro uma campanha que tem como lema “É hora de construir um mundo melhor: Serviços Públicos de Qualidade para Todos” lançada em conjunto com a Federação Internacional de Serviços Públicos (ISP), a qual somos filiados. É uma reafirmação do compromisso com a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

O trabalho em limpeza urbana, para nós, deve se dar no mais alto nível possível e voltado para a defesa da saúde pública, meio ambiente e melhor qualidade de vida para todos e, sendo assim, com a devida valorização do trabalhador do setor.

A campanha visa fazer com que o Estado cumpra com sua obrigação social e efetivamente realize os serviços essenciais que devem ser públicos e para todos, além de proteger os trabalhadores e a população mais carente.

Em resumo, queremos que o Estado tenha um papel efetivo como provedor de serviços essenciais como limpeza urbana, saúde, segurança, educação, justiça, saneamento, água, transporte e energia. Serviços públicos de qualidade têm um caráter estratégico na redução da pobreza, no resgate da auto-estima dos cidadãos e do papel do Estado.

Para nós esta campanha tem um caráter especial, pois sai das reivindicações corporativistas e salariais. Ela tem uma visão mais geral e divulga que a construção de um mundo melhor passa pelo acesso universal a serviços públicos de qualidade com controle social.

Outro aspecto que defendemos é o fim da precarização e da terceirização nos serviços públicos. Sabemos que isso causou a discriminação dos terceirizados, o não desenvolvimento profissional e o comprometimento da qualidade dos serviços prestados à população. É só ver nossa luta recente contra os atrasos salariais para entender isso.

Em relação ao funcionalismo público reivindicamos o direito à negociação coletiva no setor. Serviços de qualidade têm como ponto de partida a democratização das relações de trabalho com a participação da sociedade civil no processo.

Finalizamos afirmando que se ao longo das últimas décadas o nosso mundo tem passado por inúmeras mudanças, a recente crise financeira mundial demonstrou que a experiência do neoliberalismo dos últimos 30 anos fracassou.

Antes da crise, a teoria do estado mínimo e a tese de que o mercado tudo regularia eram amplamente aceitas pelo mundo. Hoje se constata que o Estado deve ter um papel mais importante e os trabalhadores precisam e devem se organizar para que os interesses da maioria da população sejam priorizados e isso passa por serviços públicos de qualidade, pois eles são essenciais para superação da crise e para a inclusão social.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Política se faz com razão e emoção

*Divulgo neste espaço a íntegra da nota oficial com o título acima emitida pela companheira Moema Gramacho, prefeita de Lauro de Freitas. Faço isto para aumentar o debate político, algo tão necessário neste momento em que se pensa mais na "oportunidade" que nos valores éticos. Outro objetivo é o de manifestar minha solidariedade a Moema Gramacho que com honradez enfrentou e enfrenta tantas dificuldades.
Luiz Carlos Suíca

Os últimos acontecimentos na cena política estadual da Bahia trouxeram a Lauro de Freitas uma grande constatação: tanto Roberto Muniz quanto João Leão mentiram para a população, quando tentavam desqualificar o Partido dos Trabalhadores, pois agora migram para o nosso projeto ou é apenas interesse pelos cargos, o que é ainda pior.

Tenho consciência de que, com a saída do PMDB da base do Governo do Estado, há necessidade de recompor as secretarias visando potencializar as ações do governo como um todo e não mais de pedaços.

O PMDB teve espaço demais, com um ministério, três secretarias e centenas de cargos nas estruturas do nosso governo. Aproveitando-se deste espaço, aumentou sua presença no estado, atraindo para si diversas prefeituras, entre elas a da capital, usando as estruturas dos governos estadual e federal para preparar o bote que se consolidou na última semana. Fica demonstrado que houve erro na estratégia de fortalecimento do PMDB. O Governador, com seu caráter democrático e paciência de "Jó", deu confiança demais a quem não merecia.

Agora, novo erro se apresenta, não apenas na forma, como no conteúdo. Nosso governo se depara com os sanguessugas profissionais da política, ávidos pelos espaços de poder, que saltitam de partido em partido (basta ver por quantos cada um deles já passou), para seguir "mamando" nas tetas do poder (pratica usual já demonstrada por eles), que usam os seus parlamentares como moeda de troca. Vale ressaltar que os parlamentares não merecem esse tratamento, principalmente porque, na hora da divisão do bolo, os que se sentem donos das legendas é que ficam com a maior fatia.

Suas práticas extrapolam ao que costumamos entender como sendo negociação política. Eles se aproveitam do bom caráter do Governador, que não consegue enxergar a sordidez daqueles que nunca se conformaram com as derrotas consecutivas na disputa pela Prefeitura de Lauro de Freitas, que eles historicamente trataram como um feudo e onde fracassaram, juntamente com Geddel, nas últimas eleições. Não é uma simples coincidência que as duas únicas lideranças apresentadas por eles para ocupar as Secretarias do Governo são as que derrotamos aqui. É muita cara de pau!

Não questionamos a necessidade e a importância de atrair mais partidos para a base aliada do Governo do Estado e de fortalecer os partidos que já a compõe. Sabemos que era inevitável a contemplação do Partido Progressista, mas, qual o real peso político que este partido possui, quando só consegue apresentar duas indicações para ocupar os espaços no governo (Roberto Muniz e João Leão)? Será que eles não têm ninguém, de fato, de valor neste partido? Não, devem ter. Mas, não para tal propósito. Dar ao PP mais uma secretaria e logo a de Infraestrutura é completamente desproporcional à sua real representatividade no estado. O erro consiste não apenas na definição da secretaria, mas, também em relação ao nome escolhido. As práticas de João Leão falam por si e são conhecidas por onde ele passa.

Espero que o Governador acerte no resultado eleitoral, pois quero vê-lo reeleito. Este projeto é nosso, ajudei a construir e quero continuar ajudando a consolidar o projeto de inclusão social, participação popular, melhoria da qualidade de vida de nossa população, enfim, da permanência dos ventos de democracia que sopram no Estado da Bahia a partir da vitória do companheiro Jaques Wagner.

Gostaria muito que todas estas mudanças fossem possíveis sem precisar deste tipo de negociação com aqueles que não estão preocupados com a implementação das políticas públicas, mas sim, com o quanto engordarão durante sua passagem pelo governo.

O Governador deve tomar cuidado, pois esta turma pode nos trair como a turma anterior fez e é bom não esquecer que eles são aliados na capital do estado. Eles seguirão servindo aos dois projetos, antagônicos, ao mesmo tempo? Este comportamento oportunista é da natureza deles.
Nós, que há 30 anos comemos sal e poeira, apanhamos da polícia, que estava a serviço deles, fomos presos por lutarmos por liberdade e democracia, sorrimos juntos pelas conquistas e choramos pelas derrotas que tivemos, nunca nos vendemos, nunca chantageamos e resistimos como oposição. Os ponguistas, entretanto, se aproveitam da necessidade de "governabilidade", para justificarem seu adesismo e se colocarem como governistas, independente do projeto e de quem esteja no governo. É triste vislumbrar que o método para obter espaços de poder continua o mesmo.

Quero reiterar os pleitos que já apresentamos ao longo destes dois anos e oito meses e temos certeza que nosso Governador, apesar da opção pelo fortalecimento do PP, não permitirá retaliação, por parte do novo secretário, que nunca escondeu de ninguém sua estratégia de tentar sufocar o funcionamento do nosso Governo Municipal. Nunca fomos e não somos fisiologistas, temos compromisso e, neste sentido, não trocaremos nosso apoio por cargos na estrutura do nosso governo, mas sim, cobraremos as ações e obras que se reverterão em benefício para o povo de Lauro de Freitas, tais como a revitalização da Estrada do Coco, a implantação das cinco passarelas naquela via estadual, a ampliação da Avenida Gerino Souza Filho, a construção da estrada alternativa à Estrada do Coco, a revitalização e reforma do Cine Teatro e do Centro Social Urbano, a finalização da construção das casas do Caji/Vida Nova, a construção da UTI do Hospital Menandro de Faria e de duas escolas de Segundo Grau, a destinação de mais viaturas, de mais policiais, bem como políticas mais consistentes na área de Segurança Publica para o nosso município. Nosso povo já demonstrou qual é a sua opção política ao nos eleger e não quer saber do vai e vem dos partidos. Quer mesmo é ver os seus problemas resolvidos.

Se essas obras forem feitas e os "novos" governistas não nos traírem antes das eleições de 2010, nosso Governador poderá ter dois palanques em Lauro de Freitas: Um verdadeiro, que é o nosso, com o povo que ajudou a nos eleger, que o elegeu e elegeu o Presidente Lula, e outro com aqueles que diziam que nosso projeto era inviável, que lutaram contra nos, de forma desleal e que agora, neo-governistas, mudaram de posição.

O Governador contará sempre com o meu voto de fidelidade partidária, de respeito aos nossos 30 anos de amizade e de reconhecimento pela sua história de luta.

Peço desculpas pelas palavras, às vezes ácidas, mas aprendi com o companheiro Wagner que política se faz com razão e emoção; se eu não puder fazer desta forma, saio da política.

Moema Gramacho
Prefeita reeleita de Lauro de Freitas

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Senado envergonhado. Sarney continua

No dia 3 de agosto o Senado Federal voltou a funcionar e a conversa de sempre retornou à tona: o senador José Sarney, presidente da Casa, renuncia ou não depois de tantos escândalos?

Ao menos ele tem declarado, que fica. Desde 1995 até o momento, a influência e o poder de Sarney são enormes no Senado e com eles as denúncias.

A lista de parentes que teriam sido nomeados por meio de atos secretos é grande. Entre os "felizardos" estariam João Fernando Sarney, neto, Vera Portela Macieira Borges e Maria do Carmo Macieira, sobrinhas de Sarney, Isabella Murad Cabral Alves dos Santos, sobrinha de Jorge Murad, genro do dito cujo, e Virgínia Murad de Araújo, também parente de Murad.

Além das nomeações, a imprensa noticia a suposta participação do neto de Sarney, José Adriano Cordeiro Sarney, em um esquema de empréstimos consignados no Senado.

José Sarney, ao que se sabe, nunca teve a carteira profissional assinada. Sempre foi parlamentar, governador, e até presidente da República quando Tancredo Neves morreu e deixou o cargo para esse sortudo cidadão.

Ao que se sabe, Sarney tem uma fortuna pessoal incalculável. É praticamente o dono do Maranhão. Não há um único grande e lucrativo negócio que não tenha o dedo dele. Mesmo assim continua enfiando netos e netas na folha de pagamento do governo.

Para piorar ainda tem gente que diz publicamente que a biografia de Sarney não permite que ele seja julgado. Ora, o povo brasileiro sabe que a democracia se fortalece quando todos os brasileiros, sem exceção, são responsáveis por seus atos e serão julgados em caso de erro.

Aguardamos uma solução que devolva ao Senado Federal o respeito perdido. Nossa esperança é a certeza de que a impunidade não pode e não vai prevalecer.