Uma de nossas prioridades no Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza Pública, Asseio, Conservação, Jardinagem e Controle de Pragas Intermunicipal (Sindilimp-BA) é travar uma discussão muito profunda com a categoria sobre a questão do racismo e demais discriminações que sofremos em nosso dia a dia.
Criamos o Núcleo de Negros do Sindilimp-BA para que execute esta discussão em nossa categoria majoritariamente negra. Pode até parecer desnecessário esse debate diante do perfil dos trabalhadores em limpeza. Infelizmente não é. Falta consciência do racismo e sua conseqüência por mais incrível que possa parecer.
Em nossa categoria, conforme estudos efetuados e acompanhados pelo Sindilimp-BA, o setor administrativos das empresas de limpeza pública é composto em sua maioria por funcionários brancos. Até mesmo entre os motoristas dos caminhões de coletas, a maioria é branca.
É visível que o papel reservado à maioria negra concentra-se no setor de varrição, coleta, jardinagem e conservação, ou seja, o trabalho pesado, embora digno e extremamente necessário, é executado por negros. O trabalho administrativo, o papel de "pensar" reservaram para o branco.
Não queremos abrir uma guerra racial na categoria ou na sociedade. Queremos, sim, debater e exigir igualdade de oportunidades.
Embora meritório, o programa "Jovens Aprendizes" colocado em prática pelas empresas de limpeza urbana, concentra jovens negros na varrição e coleta. Os jovens brancos ficam com a parte administrativa. Será que os jovens negros não podem exercer tarefas administrativas?
Destacamos aqui que este processo de concentração de negros em trabalhos pesados ocorre depois da terceirização do setor.
Quando a Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb) detinha o monopólio do setor havia uma carreira dentro da empresa e muitos negros chegaram a ser altos executivos, inclusive ocupando a presidência da empresa.
Sem medo de errar afirmamos que o processo de terceirização aumentou a discriminação. Agora a Limpurb é na prática apenas a concessionária pública de direito privado e em tese deveria ter como finalidade planejar, organizar, coordenar, controlar, comandar e executar, os serviços do sistema de limpeza urbana em Salvador. O que vemos são as empresas privadas agindo e atuando com bastante autonomia.
Vamos levar o debate sobre o racismo e o papel do negro no mercado de trabalho para todas as categorias, em especial com as centrais sindicais. Somos filiados à Central Única dos Trabalhadores (CUT), mas não vamos restringir esse debate a nenhum setor. Queremos uma ação afirmativa e de luta contra o racismo entre as diversas categorias profissionais. O debate sobre o racismo deve ser travado em cada empresa, em cada local do trabalho e não apenas no ambiente universitário como se encontra hoje.
Sem dúvida o trabalho será árduo, porém, não abrimos mão de lutar e executá-lo com garra e prioridade que o caso requer.
Criamos o Núcleo de Negros do Sindilimp-BA para que execute esta discussão em nossa categoria majoritariamente negra. Pode até parecer desnecessário esse debate diante do perfil dos trabalhadores em limpeza. Infelizmente não é. Falta consciência do racismo e sua conseqüência por mais incrível que possa parecer.
Em nossa categoria, conforme estudos efetuados e acompanhados pelo Sindilimp-BA, o setor administrativos das empresas de limpeza pública é composto em sua maioria por funcionários brancos. Até mesmo entre os motoristas dos caminhões de coletas, a maioria é branca.
É visível que o papel reservado à maioria negra concentra-se no setor de varrição, coleta, jardinagem e conservação, ou seja, o trabalho pesado, embora digno e extremamente necessário, é executado por negros. O trabalho administrativo, o papel de "pensar" reservaram para o branco.
Não queremos abrir uma guerra racial na categoria ou na sociedade. Queremos, sim, debater e exigir igualdade de oportunidades.
Embora meritório, o programa "Jovens Aprendizes" colocado em prática pelas empresas de limpeza urbana, concentra jovens negros na varrição e coleta. Os jovens brancos ficam com a parte administrativa. Será que os jovens negros não podem exercer tarefas administrativas?
Destacamos aqui que este processo de concentração de negros em trabalhos pesados ocorre depois da terceirização do setor.
Quando a Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb) detinha o monopólio do setor havia uma carreira dentro da empresa e muitos negros chegaram a ser altos executivos, inclusive ocupando a presidência da empresa.
Sem medo de errar afirmamos que o processo de terceirização aumentou a discriminação. Agora a Limpurb é na prática apenas a concessionária pública de direito privado e em tese deveria ter como finalidade planejar, organizar, coordenar, controlar, comandar e executar, os serviços do sistema de limpeza urbana em Salvador. O que vemos são as empresas privadas agindo e atuando com bastante autonomia.
Vamos levar o debate sobre o racismo e o papel do negro no mercado de trabalho para todas as categorias, em especial com as centrais sindicais. Somos filiados à Central Única dos Trabalhadores (CUT), mas não vamos restringir esse debate a nenhum setor. Queremos uma ação afirmativa e de luta contra o racismo entre as diversas categorias profissionais. O debate sobre o racismo deve ser travado em cada empresa, em cada local do trabalho e não apenas no ambiente universitário como se encontra hoje.
Sem dúvida o trabalho será árduo, porém, não abrimos mão de lutar e executá-lo com garra e prioridade que o caso requer.
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