terça-feira, 3 de novembro de 2009

Arte popular da Bahia continua viva

No sábado, dia 31, a Bahia acordou mais triste: morreu o músico baiano Antonio Luís Alves de Souza, mais conhecido como Neguinho do Samba, com apenas 54 anos.

O enterro de seu corpo ocorreu hoje, dia 3, porém sua obra permanecerá viva para sempre. O samba-reggae sempre existirá. Pode e será transformado e modernizado, mas a raiz, a estrutura, a criação de neguinho do Samba estará lá presente.

O músico morreu em sua casa no Pelourinho. Nada mais simbólico do que isso. Uma vida dedicada ao Centro Histórico e no local onde funciona a Escola Didá.

Uma perda para sempre ser lembrada. Um trabalho cultural abnegado e voltado para a juventude tão carente de incentivo e ações positivas. Esperamos que o Estado assuma seu papel e mantenha o trabalho que Neguinho do Samba tinha com os jovens.

Um músico respeitado internacionalmente. Seu trabalho no Grupo Cultural Olodum e na Banda Didá nunca serão apagados.

Encerro este comentário lembrando de vida e renovação. No dia 23 de outubro realizou-se a final do 2º Festival Anual da Canção Estudantil, na Concha Acústica do Teatro Castro Alves. Tive a oportunidade de assisti-la na TVE no dia 30, um dia antes da morte de Neguinho do Samba.

A apresentação dos 15 finalistas foi emocionante. Ver os diversos estilos musicais e estudantes de escolas tão variadas e de tantos municípios mostra que podemos e devemos ter fé na vida e no futuro.

Com certeza Neguinho do Samba sabia que deixou sementes férteis e herdeiros musicais. Quem trabalha com profissionalismo e seriedade nunca desaparece e viverá com referência daquilo que somos do ponto de vista cultural e humano no sentido mais profundo dessas palavras.

Viva Neguinho do Samba!

Um comentário:

Anônimo disse...

Parabéns pelos seus textos.