terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Correio* erra ao não ver que Sindilimp-BA foi o primeiro a repudiar exploração no SAC

Não sei porque ainda me impressiono com ataques infelizes na imprensa com argumentos opostos à verdade, falsos mesmo. A diretoria do Sindilimp-BA e eu pessoalmente contestamos totalmente a versão divulgada pelo Correio* na edição de hoje, 28, na página 4, Coluna Clécio, de que fomos omissos diante da situação dos trabalhadores terceirizados no Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC).

É só verificar no link http://www.sindilimpba.org.br/noticia_149.html nossa opinião e, mais do isso, divulgamos amplamente que colocamos sob suspeição a licitação promovida pela Secretaria de Administração do Estado da Bahia (SAEB) que deu um contrato de mais de R$ 32 milhões por ano para que a empresa Hope Serviços e Construções Ltda. assuma as tarefas do Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC) e sempre defendemos os direitos dos trabalhadores.

Não posso acreditar que o secretário da Administração Manoel Vitório da Silva Filho possa concordar com a casa de terror que virou o SAC. Ele sempre teve uma postura de diálogo e não pode deixar que o SAC se transforme em um centro de exploração. Há trabalhadores com doenças ocupacionais que estão sendo pressionados a optar entre trabalhar oito horas com o mesmo salário ou se demitir. Isso é coação e demissão involuntária, para se dizer o mínimo.

No dia 16 de fevereiro demos entrada em um Mandado de Segurança contra a SAEB que tem o número 0301885-44.2012.8.05.0000 e aguarda posicionamento da desembargadora Rosita Falcão de Almeida Maia, do Tribunal de Justiça do Estado Bahia. A diretoria do Sindilimp-BA coloca-se à disposição para quaisquer esclarecimentos. Quem ganha com a vitória de uma empresa cuja única experiência no setor, se é que podemos qualificar assim, é administrar um desconhecido Condomínio Barbarense?

A empresa tem uma origem obscura e tem seu registro na Junta Comercial do Estado da Bahia (Juceb) datado de abril de 1999. De 1999 até agora a Hope possui uma única certificação de capacidade técnica fornecida por um tal Condomínio Barbarense. Quando ligamos para o condomínio para sabermos da empresa ninguém sabe dizer nada sobre ela e nem mesmo lembram de que tipo de serviço ela prestou. Não tem a menor lógica entregar o SAC, algo que já foi referência de qualidade de serviço público prestado, a uma empresa desqualificada e desconhecida. Volto a questionar o que está por trás de um absurdo desse? Será que temos agentes públicos envolvidos nisso? Será que os grandes empresários afastados pela Operação Jaleco Branco estão usando essa Hope como testa de ferro para voltarem à administração estadual?

A SAEB deve investigar e tornar público os critérios utilizados para a Hope administrar o SAC. A direção do Sindilimp-BA, na ação judicial, questiona até mesmo que Jorge Pinto Teixeira Barboza, sócio majoritário, é mesmo o dono da empresa. Será mais um laranja utilizado pelos grandes empresários afastados oficialmente da atividade administrativa estatal. Já vimos isso ocorrer na Raveli e outras. Cabe ao Estado investigar e impedir que se burlem as leis e o serviço oferecido à população sejam ainda mais prejudicado e degradado.

O SAC foi criado em 1995 e era bem avaliado pela população. A confiança e respeito pelo SAC precisam ser recuperados.

Outra coisa a ser recuperado é o princípio da imprensa em ouvir os dois lados. A direção do Sindilimp-BA e eu de forma pessoal nunca nos recusamos a esclarecer o que quer que fosse.

Antes de afirmar coisa que sabe ser contrária à verdade, errar no que diz, induzir em erro, solicitamos que quaisquer jornalistas falem conosco para saber nossa versão. Esse é um princípio da imprensa séria e responsável.

Vamos em frente!

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